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Com o cenário instaurado pelas pesquisas, nem faz mais
sentido chamar o Bolsonaro de candidato. Ele continua à frente da disputa
presidencial com 59% dos votos válidos contra 41% de Fernando Haddad. Tudo isto
a apenas 13 dias para o segundo turno.
Já está decidido: ele será o próximo Presidente do Brasil. Na
verdade, agora, precisamos ser mais maduros e começarmos já a discutir como
será o seu governo.
Como eu já havia dito anteriormente, em outro artigo, a “prisãode Lula será útil ao seu discurso futuro, onde se colocará como mártir”.
O ex-presidente Lula está preso já há seis meses (desde
abril deste ano), condenado a 12 anos e um mês de prisão, no caso Tríplex do
Guarujá. Como eu também já disse, tenho uma forte impressão de que a condenação
se resumirá em menos de um terço da pena. Nada que um Habeas Corpus não
resolva.
Talvez os brasileiros que votaram em Bolsonaro para dizimar
o PT não tenham ainda percebido, mas o Lula não está, de fato, interessado em
eleger alguém nestas eleições de 2018. Isto porque quem for eleito enfrentará
grandes desafios e terá de aprovar projetos e PEC’s impopulares, ainda mais severas
que as de Michel Temer.
E, de acordo como reza o plano de governo do capitão, as ações
serão ainda mais profundas. Além dos graves problemas com a saúde, educação e
segurança, o próximo chefe do Executivo terá de resolver as questões
previdenciárias, trabalhistas e fiscais.
Como disse o próprio Bolsonaro, a cadeira da presidência não
está muito convidativa, independentemente do presidente escolhido para sentar.
Com isto, é muito mais inteligente Lula ter tentado
concorrer e, mesmo sabendo que não iria ganhar, aproveitar para introduzir uma
retórica vitimista, que reforçará no oposicionismo durante o governo de
Bolsonaro. E depois dizer, “bem que eu avisei”.
Para Lula, ruim seria se ele não tivesse sido preso,
situação que incendiaria o consciente coletivo e popular do brasileiro em um
sentimento de revolta e sensação de impunidade. Aí, sim, o PT poderia ser extinto.
Lula não perdeu os direitos políticos, apenas teve a
candidatura impugnada em 2018. Mas, em 2022, caso ele já esteja solto (situação
mais provável) e até onde eu saiba, nada o impede de se candidatar a presidente
e voltar com o discurso, acusando a própria Justiça e demonizando o seu então adversário
Bolsonaro. Um espécie de “FORA BOLSONARO!”.
É uma estratégia ‘lulística’ que nem os diplomados ainda não
perceberam.
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