terça-feira, 16 de outubro de 2018

Ao colocarmos Haddad e Bolsonaro no segundo turno, já elegemos o PT em 2022

IMAGEM DA INTERNET


Com o cenário instaurado pelas pesquisas, nem faz mais sentido chamar o Bolsonaro de candidato. Ele continua à frente da disputa presidencial com 59% dos votos válidos contra 41% de Fernando Haddad. Tudo isto a apenas 13 dias para o segundo turno.

Já está decidido: ele será o próximo Presidente do Brasil. Na verdade, agora, precisamos ser mais maduros e começarmos já a discutir como será o seu governo.

Como eu já havia dito anteriormente, em outro artigo, a “prisãode Lula será útil ao seu discurso futuro, onde se colocará como mártir”.

O ex-presidente Lula está preso já há seis meses (desde abril deste ano), condenado a 12 anos e um mês de prisão, no caso Tríplex do Guarujá. Como eu também já disse, tenho uma forte impressão de que a condenação se resumirá em menos de um terço da pena. Nada que um Habeas Corpus não resolva.

Talvez os brasileiros que votaram em Bolsonaro para dizimar o PT não tenham ainda percebido, mas o Lula não está, de fato, interessado em eleger alguém nestas eleições de 2018. Isto porque quem for eleito enfrentará grandes desafios e terá de aprovar projetos e PEC’s impopulares, ainda mais severas que as de Michel Temer.

E, de acordo como reza o plano de governo do capitão, as ações serão ainda mais profundas. Além dos graves problemas com a saúde, educação e segurança, o próximo chefe do Executivo terá de resolver as questões previdenciárias, trabalhistas e fiscais.
Como disse o próprio Bolsonaro, a cadeira da presidência não está muito convidativa, independentemente do presidente escolhido para sentar.

Com isto, é muito mais inteligente Lula ter tentado concorrer e, mesmo sabendo que não iria ganhar, aproveitar para introduzir uma retórica vitimista, que reforçará no oposicionismo durante o governo de Bolsonaro. E depois dizer, “bem que eu avisei”.

Para Lula, ruim seria se ele não tivesse sido preso, situação que incendiaria o consciente coletivo e popular do brasileiro em um sentimento de revolta e sensação de impunidade. Aí, sim, o PT poderia ser extinto.

Lula não perdeu os direitos políticos, apenas teve a candidatura impugnada em 2018. Mas, em 2022, caso ele já esteja solto (situação mais provável) e até onde eu saiba, nada o impede de se candidatar a presidente e voltar com o discurso, acusando a própria Justiça e demonizando o seu então adversário Bolsonaro. Um espécie de “FORA BOLSONARO!”.

É uma estratégia ‘lulística’ que nem os diplomados ainda não perceberam.

Ao colocarmos Haddad e Bolsonaro no segundo turno, já elegemos o PT em 2022. 

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