quarta-feira, 3 de maio de 2017

Não é que somos viciados no Whats


Hoje e em outras ocasiões em que o aplicativo Whatsapp saiu do ar, percebi muitas publicações fazendo menção à dependência em que nos encontramos em relação às redes sociais. Aparentemente, nenhuma incoerência. Aparentemente!

Esse sentido de dependência como um pecado é o mesmo que demonizou a chegada de avanços científicos como a vacina, que causou grande repulsa por parte da sociedade daquela época.

No contexto da tecnologia telefônica, com o avanço da internet, o uso exagerado dos smartphones é chamado de NOMOFOBIA, uma doença que causa vício e dependência de ficar conectado/pavor de ficar desconectado. 

Eu diria que este termo faria sentido, não fosse o cenário que contemplei hoje, quando os usuários do Whatsapp começaram a publicar frases de desespero na timeline do Facebook quando percebiam que não conseguia utilizar o aplicativo de mensagens. "É só o meu Whatsapp que não tá funcionando?", estampava a principal frase das que eram ditas. "Os viciados piram!", brincava um outro usuário.

Se Nomofobia é o fato de ter incômodo de ficar desconectados, seríamos todos nomofóbicos? Prefiro atribuir esta doença a quem realmente está viciado e deixa de comer, dormir e trabalhar por conta da navegação. Não seria conveniente aplicar a todos só por sermos dependentes. 

O videogame é um belíssimo exemplo. Quem joga sabe que, além do rival virtual, ele também precisa enfrentar o preconceito dos que dizem que jogo é coisa de atoa, de vagabundo. Isso contraria o fato de, na maioria das vezes, o jogo ser apenas parte do lazer de alguém e não meramente um vício.

Acho que seria arriscado dizer isso [que somos viciados], pois a dependência em que nos  encontramos em relação às redes já é quase a mesma que temos dos carros, energia e gás, por exemplo. São utilidades essenciais ao nosso dia a dia e até para trabalhar, como é o meu caso, que gerencio o Face, Twitter e o Instagram de empresas. 

Não é que somos viciados no Whats. Temos que lembrar que estamos na era digital, onde não nos comunicamos mais pelos orelhões da Oi, como bem me lembro que acontecia há pouco mais de dez anos. O cartãozinho de 40 unidades custava valiosos quatro reais e nos permitia falar por cerca de
15 ou 20 minutinhos.



Portanto, se não tirar o seu sono, o seu jantar e o seu trabalhar, use e abuse das redes. 

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