terça-feira, 4 de outubro de 2016
domingo, 2 de outubro de 2016
Os ausentes nunca têm razão: Votar é necessário, mas que seja consciente
VOTAR
Talvez nem todos saibam o real significado deste ato. Afinal,
política tem se tornado algo sem interesse da participação social. Segundo o
dicionário Aurélio, votar é “um parecer ou manifestação da opinião individual a
respeito de alguma pessoa ou de alguma coisa que queremos ou que não queremos
que seja eleita ou posta em vigor.”
Na política, é o ato de decidir e delegar a alguém uma
responsabilidade de representação da maioria.
Norberto Babbio, em sua obra “Dicionário de Política”, diz que
“O Bem comum é, ao mesmo tempo, o princípio edificador da sociedade humana e o
fim para o qual ela deve se orientar do ponto de vista natural e temporal. O
Bem comum busca a felicidade natural, sendo portanto o valor político por
excelência, sempre, porém, subordinado à moral. O Bem comum se distingue do bem
individual e do bem público”.
Não há como reclamar de um sistema corrupto e execrável, se
somos seus verdadeiros principiantes (negociáveis e aceitadores de tal
desvario), instrumentos pela qual empregamos o político desonesto e de
pensamento, egoísta, individualista e, sobretudo, particular. Este, não pode
ser eleito; não pensa ele no bem comum.
Uma vaga de emprego, consulta médica, cesta básica, sacos de
cimento ou vários outros benefícios oferecidos, não podem ser determinantes em
nosso voto, o diamante da cidadania.
Votar não é e nunca foi brincadeira. Talvez seja pelo voto
errado de muitos, que estamos no colapso social-brasileiro que vivemos no atual
momento. Vender o voto, é destruir a democracia; autorizar a corrupção; é dar
continuidade à pobreza e à baixa qualidade de vida.
Embora alguns tentem se eximir da responsabilidade de escolha
do representante, seja por revolta ou manifestação de descrença de uma
sociedade melhor, sabemos que de nada adianta e isso só corrobora para a piora
das situações e do sistema. Não votar, votar nulo, em branco, ou, votar no
primeiro do “santinho” que acabamos de achar no chão, é colocar em risco o
futuro de nossa sociedade; É abrir as portas para eleger o corrupto; é
submeter-se a qualquer que, sem competência, forma mais um braço de desvios de
dinheiro público. E depois, como reclamar? Existia uma frase costumeira de
antigamente que dizia: “Os ausentes nunca têm razão”.
Nossa sociedade precisa de mais envolvimento com a política,
com a cidadania. É necessário deixar o pensamento de que “política é coisa
suja”. Sujos, são alguns “representantes” mau escolhidos que eu e você as vezes
colocamos para, não só falar por nós, mas também administrar nossos impostos,
decidindo em que serão realmente aplicados estes recursos. “Talvez”...saúde,
educação, saneamento básico, segurança e economia, são responsabilidades muito
sérias para serem depositadas e administradas por indivíduos sem o mínimo de
conhecimento social, veracidade e, acima de tudo, honestidade.
Não nos esqueçamos que votar, é inegociável; é o principal
instrumento de cidadania e democracia; é um bem valiosíssimo que conquistamos
com muita bravura e dificuldade.
Às vezes, reclamamos que não exercemos poder e nem temos voz
ou autoridade para tomar decisões. E é aí que estamos enganados! Pois o meu e o
seu poder está exatamente no voto.
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